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As dark kitchens no mercado brasileiro
Desde 2017 no mercado brasileiro de foodservice, o termo dark kitchen ganhou espaço nas discussões dos empreendedores, gestores e líderes de negócios de alimentação fora do lar como mais um modelo de operação. Desse modo, alguns entusiasmados e arrojados, outros ainda defendendo que não atenderia ao seu modelo de negócios.
O ano de 2018 marcou o lançamento de estruturas com um pool cozinhas para operarem 100% em sistema delivery.
Assim, as empresas agregadoras de pedidos de delivery foram as primeiras a investir no modelo. Mas, na sequência, grupos de investidores enxergaram as iniciativas como grande oportunidade e elas seguem em expansão em todo Brasil.
Novos termos também foram feitos:
- Ghost kitchen;
- Cloud kitchen;
- Cozinha às escuras.
Cada um tem um conceito específico, mas o espírito geral está ligado a uma operação dedicada ao delivery. E, além dos aglomerados de dark kitchens, os restaurantes independentes, redes e franquias entraram no jogo.
Segundo a pesquisa CREST, realizada pela Mosaiclab – membro da Gouvêa Ecosystem –, no segundo trimestre de 2019 o delivery representava 9% do total das transações no foodservice e, no segundo trimestre de 2020, esse índice foi de 32%. Certamente, com a reabertura, esse número passará por uma acomodação, mas não voltará aos 9% pré-pandemia.
Modelos dark kitchen
Somos constantemente procurados para apoiar a construção de estratégias. Para que assim, seja feita a implementação de operações em dark kitchens. Então, cabe destacar, alguns caminhos para quem pretende entrar no ramo ou aprimorar o seu modelo:
- Cardápio enxuto, fichas técnicas rigorosamente testadas, tempos e movimentos altamente detalhados e preparação incansável da equipe.
- Escolher um software de gestão eficiente e que permita integração com todas as plataformas com as quais pretende atuar é a base do sucesso. Portanto, todo controle da operação deve ser integrado e digital. Ou seja, somente controlar as vendas é a chave para não ter sucesso nesse modelo de negócio.
- Nem todo processo de produção precisa ser feito na dark kitchen. Os restaurantes podem adquirir produtos para finalização ou possuírem centrais de produção. Assim, a vantagem é a padronização, simplificação e melhor controle da segurança dos alimentos.
- Estruturar um modelo que permita uma operação de alta produtividade e investir em equipamentos que combinem tecnologia e performance são pontos obrigatórios. Portanto, nunca o layout e a estrutura física ideal foram tão importantes em um modelo operacional de foodservice. Escolha um bom arquiteto.
Estratégias de marketing e recomendações finais
- Construir estratégias de marketing digital complementares para dar vistas ao propósito da empresa nas dark kitchens, origem e qualidade de produto e, principalmente, se fazer presente na jornada digital dos consumidores. Esses investimentos não são pequenos e podem pressionar o caixa das empresas.
- Construir, focar e aculturar o time em poucos e eficientes indicadores de gestão são as recomendações finais. Por exemplo: crescimento de vendas, desvio do CMV em relação à ficha técnica, tempo de entrega e avaliação de consumidores. Gerir incansavelmente é o lema de uma operação de dark kitchen. Não há “distrações” no salão. O foco é pedido, produção, entrega e controle.
Nem todos terão sucesso nesse modelo de operação. E, como em todos os negócios, a chave do sucesso é preparar-se bem. A máxima “faça o básico PERFEITO” nunca foi tão verdadeira. Sucesso!
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